domingo, 28 de abril de 2013

"Vingarmo-nos de um mal de que fomos vítimas


é privarmo-nos do conforto de gritarmos

contra a injustiça.”

Cesare Pavese







"Sou um mestre na arte de falar em silêncio


Toda a minha vida falei calando-me

e vivi em mim mesmo tragédias inteiras

sem pronunciar uma palavra."

Fiódor Dostoiévski

"Depois de todas as tempestades e naufrágios,


o que fica de mim em mim é cada vez mais

essencial e verdadeiro."


Caio Fernando Abreu,

in "Ovelhas Negras

"Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo"

Albert Camus

domingo, 21 de abril de 2013

tal e qual...

As ventoinhas....
O pião...
As estações Inverno, Outono,Primavera,Verão...
Assim me parece...

Vanity Fair...

sábado, 20 de abril de 2013

..Louis Armstrong - When You're Smiling

Não sei precisar quantos serões passei a ouvir Louis Armstrong, este é talvez dos temas que mais gosto ou que melhores recordações me tras...

No outro dia ouvi dizerem-me que não o conhecia...quando não se gosta de nós tudo é motivo....

Recupero esta música e penso...


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dias depois...

Acredito que em dia de aniversário todos façamos um pequeno balanço do ano que passou. Não sou, claro, excepção e, talvez por isso, o dia traga sempre consigo uma certa dose de nostalgia, entre outros sentimentos.
É muito bom receber o carinho dos que se recordam e perceber que os outros(o  Matthew Gray Gubler  por exemplo) são tão distraídos como eu.

Este ano o meu dia de Aniversário foi bem diferente de todos os outros anteriores...acho que me precipitei...nao pensei.... simplesmente me pareceu normal...mas pelos vistos não!

A consequencia foi criar afastamento..ou pelo menos é o que eu sinto.

abraço e beijos a todos os que permanecem.


Portugal o país dos Doutores

Segundo a definição retirada do dicionário da Porto Editora

"doutor nome masculino

1. aquele que ensina

2. indivíduo diplomado com o mais alto grau universitário; aquele que se doutorou

3. médico

4. popular homem com pretensões a esperto ou com presunções de sábio

5. tratamento que, nas relações sociais, se dá a um bacharel ou licenciado

6. (religião) indivíduo que recebeu o estatuto mais elevado pela sua obra teológica

7. (coloquial) bacio, penico"



Considero Portugal o país dos "doutores".Todas as pessoas gostam de ser tratadas com esse titulo, sentem-se lisongeadas, Não há programa televisivo, artigo de imprensa ou entrevista onde o "doutor" deixe de surgir.


A subserviência antes tida por quem dificilmente tinha acesso à educação em relação aos licenciados não deveria ter sido há muito abandonada? Até porque se verificarmos na actual conjuntura económica, não faz qualquer sentido esta clivagem. Às vezes vou ao banco e observo os gestores de conta, que também gostam de ser tratados por "doutores", comos seus fatos e gravatas de péssima qualidade ( sim sou observadora e dou muita importancia a pormenores) mas a posição assim o exige..já o salário não é compativel..mas têm sempre a satisfação de os tratarem por "doutor".


Actualmente, é cada vez mais fácil "tirar um curso", sendo que há quem o faça até ao Domingo e, os "doutores" não param de aumentar.

É frequente atender chamadas de pessoas que se identificam como: é o doutor tal...ridiculo e pura falta de educação.

Não estaremos nós a  banalizar a palavra e principalmente o seu significado, sendo que das definições acima inicadas, corremos o risco de passar dos pontos 1. e 2. para o 4. ou mesmo o 7.!????!!!



Novo fôlego....

Sinto que preciso sair uns dias de Aveiro...
Mas a altura não é a melhor, no entanto sinto-me acuada...
Sonho com Julho e isso da-me fôlego.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

E vivereram felizes para sempre.

Hoje li um artigo  e foi aquela sensação de ler algo e pensar: é isto mesmo. É mesmo.


O amor é um ser indomável e que não tolera nem o faz de conta, nem a hipocrisia, nem o deixa andar, nem a fuga para a frente em negação. E nem aquela velha vertigem da atribuição de culpas.

Há uns anos, houve um programa no CMR com textos de Miguel Esteves Cardoso, lidos pela voz extraordinária da grande Teresa Fernandes. O programa chamava-se "Sabe-se lá o amor". Lembrei hoje da ideia de um texto : O amor é como os Bilhetes de Identidade.

E é. Uns perdem-se mas depois podemos pedir 2ª via e tudo continua ás mil maravilhas. Outros renovam-se em perfeita quietude, uma vida inteira. Outros perdem validade, ponto. E já se sabe que usar um BI depois da data da validade ter expirado pode até passar incólume uma, duas, três vezes o que for. Mas não está certo e pode dar sarilho.

O melhor é saber reconhecer quando o prazo de validade expirou. E esse prazo não é necessariamente a morte. Até que a morte os separe...? Nem sempre.

Até que o fim do amor os separe, é o que é.

Para que possam, mas cada um por si, viver felizes para sempre.



terça-feira, 16 de abril de 2013

O Dia Deu em Chuvoso

 O dia deu em chuvoso.


A manhã, contudo, esteve bastante azul.

O dia deu em chuvoso.

Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?

Não sei: já ao acordar estava triste.

O dia deu em chuvoso.

Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.

Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.

Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.

Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?

Dêem-me o céu azul e o sol visível.

Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.


Hoje quero só sossego.

Até amaria o lar, desde que o não tivesse.

Chego a ter sono de vontade de ter sossego.

Não exageremos!

Tenho efetivamente sono, sem explicação.

O dia deu em chuvoso.


Carinhos? Afetos? São memórias...

É preciso ser-se criança para os ter...

Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!

O dia deu em chuvoso.


Boca bonita da filha do caseiro,

Polpa de fruta de um coração por comer...

Quando foi isso? Não sei...

No azul da manhã...



O dia deu em chuvoso.

Álvaro de Campos, in "Poemas"

Sempre gosto de ouvir Tom Waits, mas há dias que gosto/preciso mais..hoje é um dia desses...


O Amor é um Exagerador

 As coisas boas, como o amor e a sabedoria, não trazem a felicidade pela simples razão que as coisas boas têm, para ser boas, de ser «boas por si mesmas». Não podem ser boas por aquilo que trazem. Pelo contrário, têm um preço. O mais das vezes, o preço do amor e da sabedoria, ambos artigos finos, artigos de luxo, coisas boas, é a infelicidade. Quando se ama, ou quando se estuda muito, fica-se sujeito às vontades e às verdades mais alheias. Nada depende quase nada de nós. E sofre-se. Irritam as pessoas que esperam que o amor traga a felicidade. É como esperar que os morangos tragam as natas. O amor não é um meio para atingir um fim — não é através do amor que se chega à felicidade. O amor é um exagerador — exagera os êxtases e as agonias, torna tudo o que não lhe diz respeito (o mundo inteiro) numa coisa pequenina. Assim como a arte tem de ser pela arte e a ciência pela ciência (seria um horror ouvir alguém dizer «Eu quero ser pintor ou biólogo para ganhar muito dinheiro e ir a muitas festas e ter duas carrinhas Volvo com galgos do Afeganistão lá dentro»), o amor tem de ser só pelo amor. Custe o que custar. Ora, o amor é uma coisa rara.


Para se ser feliz, é preciso ser-se um pouco cegueta. Entre as coisas que as pessoas miseráveis, normais, estão sempre a chamar às pessoas felizes, há: ingénua, lírica, naif, boazinha. Aquela de que gosto mais é «Vives noutro mundo!». Haverá coisa melhor que viver noutro mundo, para quem conheça minimamente este? Não acreditar que alguém nos queira fazer mal é um sinal seguro de felicidade. Quem é mesmo feliz é a pessoa que pensa «No fundo, até os meus inimigos gostam um bocadinho de mim...». É por isso que as pessoas felizes são sempre bastante convencidas.



Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'







segunda-feira, 15 de abril de 2013

Hoje é um daqueles dias que não tenho prazer em escrever...mas a deambular por algumas coisas que escrevo encontrei este poema escrito por mim em 27/11/2011...achei curioso!



A vida é curta,

Quebra as regras,

Perdoa rápido,

Beija lentamente,

Ama de verdade,
Ri descontroladamente,
E NUNCA lamentes nada que te tenha feito sorrir.





.

sábado, 13 de abril de 2013

A beleza das coisas simples

Uma manhã de sol
Ida à praia sentir o cheiro do mar
Acompanhar com um bom café, como só nós sabemos servir
e sempre um bom livro como companhia!

Que bela manhã...agora..ao trabalho!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sing,Sing,Sing

Porque estou muito contente..esta música ocorre-me

SING,SING,SING DE  BENNY GOODMAN

Bora dançar? ;)


A Verdade é Amor

 A verdade é amor — escrevi um dia. Porque toda a relação com o mundo se funda na sensibilidade, como se aprendeu na infância e não mais se pôde esquecer. É esse equilíbrio interno que diz ao pintor que tal azul ou vermelho estão certos na composição de um quadro. É o mesmo equilíbrio indizível que ao filósofo impõe a verdade para a sua filosofia. Porque a filosofia é um excesso da arte. Ela acrescenta em razões ou explicações o que lhe impôs esse equilíbrio, resolvido noutros num poema, num quadro ou noutra forma de se ser artista. Assim o que exprime o nosso equilíbrio interior, gerado no impensável ou impensado de nós, é um sentimento estético, um modo de sermos em sensibilidade, antes de o sermos em. razão ou mesmo em inteligência. Porque só se entende o que se entende connosco, ou seja, como no amor, quando se está «feito um para o outro». Só entra em harmonia connosco o que o nosso equilíbrio consente. E só o consente, se o amar. Porque mesmo a verdade dos outros — a política, por exemplo — se temos improvavelmente de a reconhecer, reconhecemo-la talvez no ódio, que é a outra face do amor e se organiza ainda na sensibilidade.




Vergílio Ferreira, in "Pensar"

segunda-feira, 8 de abril de 2013

....

Sou MULHER e tenho orgulho em se-lo!

Sou caprichosa, vaidosa, orgulhosa, por vezes chata!

Sou leal, considero-me de confiança ( aliás é algo que prezo bastante)!

Sou amiga dos meus amigos ( amizade algo que prezo bastante)!

Desgosta-me tudo o que é FUTIL e DESCARTAVEL!

Entristece-me que pessoas o sejam!

Se calhar estou fora de moda...mas gosto de pensar que PRINCIPIOS E VALORES,  nunca deveriam passar de moda!

domingo, 7 de abril de 2013

Uma QUALQUER narrativa...

Na maneira de actuar, o seu exemplo era admirável. Dava-se bem com todos. Fazia-o de tal modo que, à primeira vista, parecia o mais fácil e natural deste mundo. Parecia ser muito feliz — notava-se no optimismo à prova de fogo — e era evidente que não procurava essa felicidade no estreito mundo do egoísmo. Todos — sem excepção — pareciam cair-lhe bem e ele, sem grande esforço, era estimado por quase toda a gente.


Um dia, um amigo perguntou-lhe como era possível que gostasse com tanta facilidade de todas as pessoas que tinha à sua volta. Isso não parecia muito “normal” nem era, nos dias que correm, uma atitude comum. Como era possível que ninguém o irritasse de vez em quando. Como era possível que não cedesse, alguma vez, ao espírito crítico — espírito que nos acompanha sempre: desde o momento em que tomamos consciência de quem somos até ao último dia da nossa vida.

A sua resposta deixou o amigo pensativo. «Como te deixas levar pelo simplório erro de pensar que eu sempre me sinto bem com toda a gente? Claro que não. No entanto, a estima pelos outros não é uma questão de sentimentos. A caridade genuína não se sente: põe-se em prática».

E então, como quem sabe aquilo que diz porque o vive, acrescentou com simplicidade: «Actuar é sempre a melhor forma de querer as pessoas como são. Se ajudamos os outros de verdade — sem interesses ocultos ou segundas intenções — acabamos de facto por gostar deles. Apercebemo-nos da grandeza do seu modo de ser que, em todo o ser humano, é sempre único e irrepetível».

Esta sábia resposta faz-nos chegar a uma natural conclusão: não é possível gostarmos de verdade dos outros se nos deixamos levar somente pelos sentimentos. Porque o vento dos sentimentos é muito instável: ora sopra para um lado, ora sopra para o outro, ora não sopra; ora é impetuoso, ora é ameno; ora é uma brisa, ora é uma tempestade.

É verdade que o amor autêntico possui, muitas vezes, manifestações sentimentais. Nunca gostaremos verdadeiramente de ninguém se cultivamos um modo de ser frio e distante — um modo de ser egoísta. São infelizes aquelas pessoas que parecem não ter coração. Mais tarde, descobrimos que possuem um coração raquítico que ficou assim por estar centrado somente neles próprios. O caminho do egoísmo pode apresentar-se, na aparência, como uma estrada ampla e confortável. Contudo, não nos enganemos nem nos deixemos ludibriar: o egoísmo termina sempre num beco sem saída.

No entanto, também é verdade que seria um erro funesto confundir o amor com o sentimento. A essa confusão, comum hoje em dia, chama-se sentimentalismo. O sentimentalismo é uma deformação do amor bastante perigosa. Leva uma pessoa a pôr o emocional por cima do racional; a pensar com o coração em vez de pensar com a cabeça.

Algumas vezes, os sentimentos posicionam-se contra o verdadeiro amor — e mentem com quantos dentes têm na boca: e têm muitos. O amor genuíno nunca mente; os sentimentos, sim, podem mentir. Nesse caso, amar de verdade significa não nos deixarmos conduzir por esses sentimentos desordenadas do nosso coração.

sábado, 6 de abril de 2013

Nine Inch Nails - Something I can never have (still)

Uma banda que adoro.


POEMA EM LINHA RECTA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.


Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.



E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,



Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

Que quando não tenha calado, tenho sido mais ridículo ainda;



Eu que tenho sido cómico às criadas de hotel,

Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,

Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,

Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenha agachado,

Para fora da possibilidade do soco;

Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,

Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.



Toda a gente que eu conheço e que fala comigo

Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,

Nunca foi senão príncipe . todos eles príncipes na vida…



Quem me dera ouvir de alguém a voz humana

Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;

Que, contasse, não uma violência, mas uma cobardia!

Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?



Ò príncipes, meus irmãos,

Arre estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?



Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?



Poderão as mulheres não os terem amado,

Podem ter sido traídos . mas ridículos nunca!

E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,

Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?

Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,

Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.



Álvaro de Campos



Cansa Sentir Quando se Pensa

No ar da noite a madrugar

Há uma solidão imensa

Que tem por corpo o frio do ar.



Neste momento insone e triste

Em que não sei quem hei de ser,

Pesa-me o informe real que existe

Na noite antes de amanhecer.



Tudo isto me parece tudo.

E é uma noite a ter um fim

Um negro astral silêncio surdo

E não poder viver assim.



(Tudo isto me parece tudo.

Mas noite, frio, negror sem fim,

Mundo mudo, silêncio mudo -

Ah, nada é isto, nada é assim!)



Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'

Digerir informação....

É isso..digerir muita informação...

...quanto tempo...não sei!

Mas estou bem...mantem-se, curiosamente, o princípio.

Hoje, um dos serões que mais aprecio...filmes!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Cibelle a cantora que me apaixonou...

Tive o prazer de a ouvir ha uns anos atras no Teatro Aveirense e apaixonei-me, já ha muito que não a ouvia..recordaram-me hoje dela e eu recordo este tema..que é, talvez o meu favorito dela.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sobre o Bem e o Mal

E porque hoje se demitiu ( preferia que tivesse sido demitido há já algum tempo, por uma questão moral e de justiça. O maior erro politico, a meu ver, do Primeiro Ministro. Um Ministro que se encontrava fragilizado e sendo o número 2 fragilizava um Governo que se encontra num processo de resgate internacional e com sucessivos problemas orçamentais e subidas de impostos é pedir que as pessoas sejam tolerantes para alem do ponto que a tolerancia existe. ) o Ministro mais incómodo...a mim não me surpreende esta demissão ( peca apenas por tardia), na realidade este Senhor, na PRATICA, ja não era Ministro há quase 1 ano. 

Lembrei-me por isto deste poema de um dos livros que adoro: " O profecta".




"um dos anciãos da cidade disse, Fala-nos do Bem e do Mal.


E ele respondeu:

Do bem que existe em vós posso falar, mas não do mal.

Pois que é o mal se não o bem torturado pela sua própria fome e sede?

Na verdade, quando o bem está esfomeado procura alimento até nas cavernas

mais escuras, e quando tem sede bebe até de águas paradas.

Vós sois bons quando sois unos dentro de vós.

No entanto, quando não sois unos dentro de vós, não sois maus.

Pois uma casa dividida não é um tugúrio de ladrões, é só uma casa dividida.

E um navio sem leme pode vaguear sem destino por entre ilhas perigosas, e

no entanto não se afundar.

Vós sois bons quando vos tentais dar.

No entanto, não sois maus quando procurais proveito.

Pois quando procurais proveito não passais de uma raiz que se agarra à terra

e lhe suga o seio."   Khalil Gibran

terça-feira, 2 de abril de 2013

um dia

um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. a tua pele será talvez demasiado bela.e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor.um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar como a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o príncipio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.



José Luís Peixoto

Mês complicado..

Todos os anos sei que este mês e o proximo são complicados para mim, muito trabalhosos...mas este ano parece-me mais complicado.

Estou a trabalhar até agora...mas se antes me deixava vencer pelo cansaço e simplesmente adormecia..agora um pensamento me assalta sempre antes de dormir!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Por fim em casa...

Nunca desejei tanto chegar a casa como hoje. Depois de ter sido surpreendida pela chuva, que me molhou até aos ossos... finalmente sinto o quente do leite com chocolate, mais chocolate (confesso), e fico contente.

Até amanhã!






O amor é o sol que brilha sem cobrar a luz dos seus raios.