quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Seven Day Mile

Desligar o computador. Depois ir terminar o dia. A música chama-se Seven Day Mile e é uma versão dela que toca no final do primeiro episódio da sexta série de House MD, versão dos The Frames.


Nunca soube o que fazer


com os espaços que ficam

depois que alguém vai embora

uma dúvida insiste

e de tanto, o meu tentar desiste

de trocar a ausência

por qualquer coisa que fira menos:

nada para repor

nada para suprir

nada que realmente comportasse

o encanto de algo que ficou

para trás.
Porque gostamos desta música....

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Saudades de dançar esta musica...

domingo, 27 de janeiro de 2013

Os Dias Zangados São Dias de Amor

" Raios partam os dias zangados. Nada há que se possa fazer para fugir deles. Esperam por nós, como credores ajudados por juros injustificáveis, para nos cortarem a fatia do nosso coração que lhes cabe. Não são como os dias tristes, que não conseguem habituar-se a uma realidade qualquer, que se revelou, sem querer, desiludindo-nos de uma ilusão que nós próprios inventámos, para mais facilmente podermos acreditar, falsamente, nela. Mas assemelham-se para mais bem nos poderem magoar. Depois. Quase ao mesmo tempo. Bem. Quem não tem um dia zangado, em que ninguém ou nada corresponde ao que esperávamos? A felicidade é a excepção e o engano. Resulta mais de um esquecimento do que de uma lembrança. Pouco há de certo neste mundo. São muitos os pobres, mas não são poucos os ricos. As pessoas do sexo masculino não se entendem nem com as pessoas do sexo masculino, nem com as do sexo feminino. As pessoas, sejam de que sexo e sexualidade forem, compreendem-se mal. Dão-se mal, por muito bem que se dêem. As mais apaixonadas umas pelas outras são as que menos bem aceitam as diferenças, as incompreensões, os dias zangados e as noites zangadas que apenas servem para nos relembrar que todos nós nascemos e morremos sozinhos. E que viver é um enorme entretanto, de que devemos tirar partido, sobretudo quando há a sorte de amar e ser amado ou amada. Os dias zangados são dias de amor. Ninguém se zanga por desamor. O amor sobrevive e continua, como vingança." Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público (23 Dez 2011)'
“A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar. A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas de que a primavera virá, por que nós – os humanos – não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queríamos?” Khalil Gibran





COVERS COM INTERESSE...




















sábado, 26 de janeiro de 2013

Esta Cidade

Como uma criança antes de a ensinarem a ser grande,


Fui verdadeiro e leal ao que vi e ouvi.



Alberto Caeiro, in "Fragmentos"

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013






Real Gone de Tom Waits um album que recordo, "The long way home"...


. a musica que sempre destaquei....

domingo, 20 de janeiro de 2013

Necessário é o diálogo




“O simples fato de viver em solidão não isola o homem, como o simples fato de viver com outros homens não leva os homens à comunhão. A vida em comum pode tornar alguém mais 'pessoa' ou menos 'pessoa'; isso depende de que seja de fato vida em comum ou apenas vida no seio da multidão.”





New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton

(New Directions, New York), 1961. p. 55

Este fim de semana devido ao temporal fiquei sem luz e sem internet, estranhamente não fiquei nada chateada, aproveitei para fazer outras coisas que gosto muito e que adio fazer porque me “perco” na internet.



Aproveitei para ler, à luz de velas, a beber chá e a ouvir a chuva a cair. Gostei.


Foi um fim de semana atípico, mas que não me importo de repetir…mesmo que tenha luz e internet...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Um filme marcante, uma musica de sempre...a combinação perfeita!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Relações coisa de moda??!!

No outro dia estava num barzinho, que muito gosto de ir, e surgiu esta conversa.. (todos sabem que gosto de debater ideias) relações. Mas o tema era essencialmente aquelas relações que nao lhes chamo de passageiras, mas volateis, fantasmas, sem rasto.. Ao que parece tambem as relaçoes entram em moda, outras caem em desuso..outras simplesmente entram em vias de extinçao. O "normal", coloco entre aspas, pois sei que o conceito de normalidade é muito relativo, agora è que as pessoas nao se liguem emocionalmente as outras? Que o compromisso nao faça parte de uma relaçao? Que o normal seja "aproveitar" enquanto da...porque depois.... fartamo-nos. Nao quero com isto dizer que assim que entramos numa relaçao esta tenha que durar para o resto da vida, ou que as coisas funcionem sempre nos mesmos moldes. Nao é isso..so estou a constatar uma tendencia, que parece que se tornou um estilo de vida saudavel... Nao só nas camadas mais jovens, mas tambem nas mais maduras. Como nao me incluo nestes "moldes" sinto-me cada vez mais excluida...pertencendo a uma minoria, mas que nao aceita abdicar de principios e valores, que para mim nunca deveriam passar de moda.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Entre o Sono e Sonho

Entre o sono e sonho, Entre mim e o que em mim É o quem eu me suponho Corre um rio sem fim. Passou por outras margens, Diversas mais além, Naquelas várias viagens Que todo o rio tem. Chegou onde hoje habito A casa que hoje sou. Passa, se eu me medito; Se desperto, passou. E quem me sinto e morre No que me liga a mim Dorme onde o rio corre — Esse rio sem fim. Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Porque estou triste...Tom Waits...embala-me...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

You speak my language

Quando uma musica GANHA outro encanto...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ASSIM ASSIM

Vi ontem, depois de ter ouvido alguns comentários resolvi ver... O filme "Assim Assim", de Sérgio Graciano, que inicialmente apenas era uma curta-metragem e que deveria ter ficado na curta-metragem ... Um filme sobre relações,que acenta em 3 vetores principais: sexo, traição e violência fisica, os dialogos esses, são longos, monotonos e banais. Acredito que uma relação não tem que ser assim assim... Um filme que não gostei especialmente, mas que se deixa ver...

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Amour

Sempre gostei de filmes cujo o argumento me fizesse pensar, questionar, Haneke é ,incontornavelmente, um dos meus realizadores de eleição, é para mim impossível ficar indiferente aos seus filmes. Amour sem a violência de La pianiste (2001), outro marco incontornável, interrompe ,ainda assim, a nossa experiência para a atormentar. Isto porque é impossível ficar indiferente ás interpelações que minam de rompante o nosso quotidiano. “ até que ponto somos capazes de amar alguém?” até que ponto conseguimos lidar com o sofrimento de quem amamos?” até que ponto somos capazes de aguentar a dor?” “até que ponto somos capazes de deixar ir, libertar, quem amamos?” são apenas algumas das inquietações levantadas nesta obra de simultânea beleza e crueldade, que é a efemeridade da vida. Amour , expõe o amor e o seu verdadeiro significado – o seu verdadeiro propósito, quando despido de todos os artifícios. Este filme poderia facilmente ser um produto melodramático de faca e alguidar, capaz de arrancar lágrimas fáceis e sentimentos automáticos de compaixão. Ao contrário, Haneke no seu estilo, que muito aprecio, preferiu deixar de lado qualquer romantismo idealista e centrar-se na questão do sofrimento humano inevitável perante a circunstância da doença, da incapacidade física, da incomunicabilidade e da ruina psicológica iminente. E fá-lo de uma forma impressionantemente detalhada e realista. E apesar do desfecho esmagador, fica-nos na memória uma mensagem de esperança: de facto, nada pode o amor perante a morte; no entanto, ele é porventura o único despojo que lhe pode sobreviver. Dificil escolher uma cena…o meu filme favorito visto em 2012..e foi talvez o ano em que vi mais filmes.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ter opiniões definidas e certas, instintos, paixões e carácter fixo e conhecido - tudo isto monta ao horror de tornar a nossa alma um facto, de a materializar e tornar exterior. Viver num doce e fluido estado de desconhecimento das coisas e de si próprio é o único modo de vida que a um sábio convém e aquece. Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'