quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Coisas que odeio/Abomino e não sei lidar...

Não necessáriamente por esta ordem:

- Mentiras;

- Hipocresia;

- Intrigas;

- Falta de caracter ( que pode ser isto TUDO e mais alguma coisa, ou não..);

- Superficialidade;

- Falsidade;

- Injustiças;

- Confusões.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sinto falta...

De jogar xadrez
De rir de tudo e de nada
Das nossas conversas de horas...
Mas, eu sei, sou orgulhosa....


Esta era a musica que me deste a ouvir ...recordo-a!! neste momento, em que tanta coisa está a acontecer na minha vida que me desagrada profundamente... e SEI que tu serias a pessoa que melhor me saberia ouvir...




Salmo

A vida


é o bago de uva

macerado

nos lugares do mundo

e aqui se diz

para proveito dos que vivem

que a dor

é vã

e o vinho

breve.

Carlos de Oliveira, Trabalho Poético, Assírio & Alvim, Lisboa, 2003.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Conversar

"Além disso, eu gostava de Nuto porque nos entendíamos e ele me tratava como amigo. Tinha já aqueles olhos tristes, de gato, e sempre que falava, concluía: «Se me engano, corrige-me». Foi assim que comecei a compreender que não se conversa apenas para dizer «fiz isto», «fiz aquilo», «comi e bebi», mas para exprimir uma ideia, para compreender o mundo. Dantes não tinha pensado nisso."

Cesare Pavese, A Lua e as Fogueiras, Manuel Seabra (trad.), Colecção Mil Folhas, Público, 2002.

No Surprises....


"(...) No alarms and no surprisesNo alarms and no surprisesNo alarms and no surprisesSilent silence (...)"




sábado, 23 de fevereiro de 2013

Hoje tive uma noite pessima, fui insultada, insultos graves à minha pessoa, por uma rapariga e tive que ter toda a calma que me era possivel, só para evitar confusões, odeio confusões e tudo por isto, pelo o que eu chamo a ultima ameixa do deserto! sim, só pode ser a ultima ameixa do deserto para gerar todo este frenezim.Nunca em toda a minha vida vivi uma situação assim...sair para espairecer e ser alvo da raiva de uma rapariga por causa de um rapaz( a ultima ameixa do deserto), é no minimo deprimente.


Nestas situações, que detesto, que nunca as vivi, nem taopouco considero correcto vive-las, a minha atitude é afastar-me...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Porque...

é a minha música favorita deste Senhor que tanto gosto de ouvir, sabe-me muito bem ouvi-la neste dia que quase acaba...

Nick Cave - Into my Arms.



Não: Devagar

 Não: devagar.


Devagar, porque não sei

Onde quero ir.

Há entre mim e os meus passos

Uma divergência instintiva.

Há entre quem sou e estou

Uma diferença de verbo

Que corresponde à realidade.



Devagar...

Sim, devagar...

Quero pensar no que quer dizer

Este devagar...

Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.

Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.

Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima...



Talvez isso tudo...

Mas o que me preocupa é esta palavra devagar...

O que é que tem que ser devagar?

Se calhar é o universo...

A verdade manda Deus que se diga.

Mas ouviu alguém isso a Deus?



Álvaro de Campos, in "Poemas"

Heterónimo de Fernando Pessoa

Pensamentos tardios...

Ainda a trabalhar...às vezes penso, isto eu faço bem, e é tão mais fácil!







"(...)So if you find someone
Someone to have, someone to hold
Don't trade it for silver
No, don't trade it for gold
Cause I have all of life's treasures
And they are fine and they are good
They remind me that houses are just made of wood
What makes a house grand
Oh it Ain't the roof or the doors
If there's love in a house
It's a palace for sure
Without love it ain't nothin but a house
A house where nobody lives
Without love it ain't nothin but a house, a house where Nobody
lives"






















quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Faltam-me as palavras…

Será loucura


Viajar no espaço da incerteza

E aterrar no império do esplendor

Como o fez São Francisco de Assis!



As vezes penso que

Se existem certos actos

Ditos de loucura,

Encarados e vistos como tal,

Têm como sublime vantagem

De se concretizarem nos sonhos.

"As frases começam-lhe eufóricas e terminam muitas vezes melancólicas. Como se a meio das explicações se desse conta da inutilidade das palavras repetidas, da impossibilidade de passar assim um qualquer testemunho. A sua maior vaidade é deixar de perceber. Cansou-se de ler as linhas ordenadas do mundo. Cada ser é uma constelação de duelos insolúveis, às vezes a espada lampeja e o olhar clareia. Há em cada poeta uma aventura singular que articula o tempo que a vida escolheu para ele e o lugar que ele escolheu para si na vida."
Inês Pedrosa, Instrução dos amantes.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Closing Time - Tom Waits

...Um album que me acompanha!


Preparar para dormir, foi um bom domingo e avizinha-se uma semana bem preenchida.



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Lincoln

Um ,EXCELENTE , filme de Steven Spielberg ,marcado por uma atuação dominadora de Daniel Day-Lewis, que nos conta a história do 16º Presidente dos EUA, e, particularmente, o homem, o carácter e as crenças por debaixo do cargo.


Um filme que traz aos dias de hoje o retrato de uma figura que se confunde com os ideais de liberdade e democracia.

“ AS COISAS QUE SÃO IGUAIS Á MESMA COISA, SÃO IGUAIS ENTRE SI.”

                                                                   EUCLIDES



                                                                  Vale muitíssimo ver!


CHUVA

"Oiço-te lá fora.

Já sabia que estavas lá fora,

mas foi o silencio da noite que me relembrou.

... Não foste discreta!

Queres saber?

Adoro ouvir-te

Adoro ouvir-te quando bates nos meus vidros

Adoro ouvir-te quando cais nas folhas das árvores, quando te diluis nos rios,

Adoro ouvir-te quando escorregas pelo telhado, quando és empurrada pelo vento

Adoro ouvir-te

Mas vou-te contar um segredo:

Mais do que te ouvir…adoro sentir-te!"


Autor, desconhecido.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Quando faço figura de URSA esta musica ocorre-me....


... gosto de RIR DE MIM PRÓPRIA!


Vá lá deixa-me rir....






Blue Valentine

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Preparar para dormir uma música que muito gosto,"Book of the Month" do album Music To Make Love To Your Old Lady By de um projecto muito interessante Lovage.






"A MASCARA"


"De todas as mascaras,

De todas as faces,

De todos nós.

Ocultos dos olhos alheios.

Ocultos de nós mesmos.

Pensamentos!

Desejos!

Culpa!

Dor!

De tudo o que não queremos ser,

Do ser que não queremos ver,

Do que somos e não queremos crer,

Do que nos envergonha ter.

E o que somos nós?

Do que nos escondemos?

Por quê?

De quem?

Dos outros?

De nós mesmos?

De todas mascaras,

De todas as faces,

De todos nós.



Percebemos-nos assim seguros?

Invisíveis?

Intocáveis?

Por trás de todas as mascaras,

Ocultas as verdadeiras faces.

Tornamos-nos o que não somos,

Tornamos-nos a mascara...

...A fantasia!

...A mentira!

...A pessoa que gostaríamos de ser!

...O orgulho que queríamos ter!

E a verdade?

Então, quem de fato somos?



O tempo passa!

De todas as mascaras,

De todas as faces,

De todos nós.

A fantasia toma conta do real!

O que era mascara torna-se a face!

O ser que há ocultado na mascara,

No vento do tempo desvanece,

E face que brincava oculta na mascara se perde.

E nos perdemos no nosso engano,

E nos esquecemos de quem somos!

Tornamos-nos a personagem esculpida,

De todas as mascaras,

De todas as faces,

De todos nós."

Luis Falcão







" Quando se gosta tudo é mais fácil...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Desencontros!

Os desencontros dos momentos

podem se revelar em encontros de espaços!

E que são muito melhores!

Não deixam o tempo ir embora,

mas resgata os que foram desperdiçados!



Wonderful World

A música que ficou de ontem...."Wonderful World" de herman's hermits


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pensamentos...

Sou uma pessoa que nunca gostei de chamar a atenção, procuro sempre ser o mais discreta possivel, e isso reflete-se na minha forma de vestir e de estar.


No entanto por ironia da vida verifico que quase nunca consigo passar discreta..por vezes isso não me aborrece, desde que esteja na minha zona de conforto..sim! porque também gosto muito de ir, sozinha, ao meu barzinho de sempre tomar o que habitualmente tomo,  o empregado reconhecer-me e amavelmente cumprimentar-me e trazer o que habitualmente tomo, enquanto leio o meu livro.

Mas outras vezes, quando mais pensativa, gosto de ir, sozinha, a um sitio diferente, ficar discretamente a observar as pessoas e imaginar as suas vidas...isso ,distrai-me...

Nessas alturas, não gosto mesmo nada, de ser reconhecida, não gosto que o empregado saiba o que vou tomar, não gosto que reparem em mim...hoje, mais uma vez, verifiquei que vou ter que procurar outro cafezinho para quando estou mais pensativa...lembrei-me..na proxima, nada melhor que o barzinho de uma estação de serviço ou de uma estação de caminho de ferro, em que as pessoas são anónimas..para a proxima vou tentar...
Depois de tantos anos
ver-te
Queimando incenso num templo


Finjo não entender
O desaparecimento da luz
Que me era destinada
E regresso a casa por outro caminho.

Luís Falcão, Pétalas Negras Ardem nos Teus Olhos, Assírio e Alvim, 2007.

Musicas com história...

Musicas com história...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

In Darkness

"In Darkness", um filme de Agnieszka Holland, baseado no livro da pequenina sobrevivente Krystyna Chiger (The Girl in the Green Sweater: A Life in Holocaust's Shadow), mostra-nos um lado mais intimista de um assunto já por diversas vezes debatido, mas que muito me interessa.


“Vivemos” a luta pela sobrevivência de um grupo de pessoas que passou mais de um ano a viver nos esgotos. A grande inovação deste filme, em relação a todos aqueles que nos mostram os horrores do holocausto, "A Lista de Schindler" de Steven Spielberg por exemplo, é que nos “mostra” os judeus de forma menos mecânica, não como vítimas robóticas prontas para a morte. Existe egoísmo, falta de consideração de todas as partes, impulsos sexuais aparentemente incompreensíveis e diversos outros elementos que fazem da experiência algo humanamente crível.

Baseado numa história verídica é um filme para SENTIR!


A luz já havia sido esquecida pelos menores, ela causava medo, insegurança. Eles já estavam morbidamente acostumados à escuridão.

Vale ver!

Lost in Translation

Há filmes que são tão bons de revisitar..."Lost in Translation" uma risonha comédia apátrida. É um filme de momentos singulares e contemplativos.


Um lugar estranho. Um intervalo no fio da narrativa pessoal. O tempo que leva a esboçar um gesto que será percebido por outra pessoa. O intervalo entre falar e ouvir. A falha entre o que sentimos e o que dizemos. A falha por onde se escapam os gestos perdidos.

O amor repara todas as feridas, mas não pode resolver todos os problemas da realidade, por isso o fio da narrativa é retomado e cada um vai enfrentar o que tem de enfrentar da maneira que melhor souber.

No final, "walking back to you was the hardest thing that I could do", sempre fiquei curiosa para saber a resposta dele...

Excepcional! “Lost in Translation” é um filme surpreendente, sem a mínima pretensão de o ser. Um filme que nos obriga a SENTIR.

Excelente banda sonora como nos tem habituado Sofia Coppola ...deixo uma das músicas que mais me marcou...








domingo, 3 de fevereiro de 2013

(Se eu pudesse gritar o teu nome)

Se eu pudesse gritar o teu nome

  Essa palavra bastar-me - ia

Chamando-te iria ao teu encontro

e num minuto toda a ternura

voltaria a acordar o meu sangue

e as minhas mãos

para receber  teu corpo

onde hoje o meu corpo

estremece e a minha boca vacila.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A canção de lisboa

"Os serões habituais


As conversas sempre iguais

Os horóscopos, os signos e ascendentes

Mais a vida da outra sussurrada entre os dentes

Os convites nos olhos embriagados

Os encontros de novo adiados

Nos ouvidos cansados ecoa

A canção de lisboa (...)"








sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

(Tanta coisa de ti que nada sei)

Tão altas as primeiras árvores.


Vem a primavera destruí-las.

Fulgores fugazes os cabelos

à poeira do céu.



A alma pisada de caminhos,

o meigo revólver do olhar

vêem-te partir.

Por essa cidade, perdido

na suavidade da chuva.



Rasgam de novo as mãos

o inexpugnável nome

dos amantes, a flor secreta

que dizia a tua boca.



Tanta coisa de ti que nada sei.


Joaquim Manuel Magalhães, Segredos, Sebes, Aluviões, Colecção Forma, Editorial Presença, 1985.

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