"Além disso, eu gostava de Nuto porque nos entendíamos e ele me tratava como amigo. Tinha já aqueles olhos tristes, de gato, e sempre que falava, concluía: «Se me engano, corrige-me». Foi assim que comecei a compreender que não se conversa apenas para dizer «fiz isto», «fiz aquilo», «comi e bebi», mas para exprimir uma ideia, para compreender o mundo. Dantes não tinha pensado nisso."
Cesare Pavese, A Lua e as Fogueiras, Manuel Seabra (trad.), Colecção Mil Folhas, Público, 2002.
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