Um filme cubano do mestre Tomás Gutiérrez Alea “Guantanamera” que aborda, com talento e sensibilidade, temas como a tolerância e a discriminação.
A estória remete - nos á Havana de 1979, apresentando uma Cuba repleta de contradições na sua realidade económica, política, social e cultural. Não se trata de uma obra que tem como seu objectivo principal discutir a política cubana, mas sim mostrar Cuba como um todo: a sua cultura e o seu povo em toda a plenitude.
Este filme mostra-nos uma realidade vista de ângulos diferentes, lados opostos;
Faz-nos sentir que duas ou três realidades vividas por distintos indivíduos; assim representado pelos personagens David (Vladimir Cruz) e Diego (Jorge Perugorria, excelente interpretação), nos esclarece numa mesmo estória, a qual é vista por pontos diferentes, porém com sentimentos igualmente nacionalistas
Sentimos o conflito pessoal que se estabelece entre os personagens, com a gama de discussões que o filme apresenta sobre o regime de Cuba e as condições de liberdade de seu povo. Assuntos como patriotismo, segurança nacional, soberania, liberdade de expressão de um país dotado de um regime único e que consequentemente a cada dia cria a memória na memória de seu povo o significado das palavras “liberdade, ditadura, democracia”. Tudo isso sob o olhar observador do então dirigente Fidel Castro.
Tomás Gutiérrez Alea diz: "acima das questões políticas suscitadas pelo governo de Fidel Castro, há um país chamado Cuba e uma forte cultura nacional".
Um filme que vale muitíssimo ver, é verdade, que eu sempre me interessei pela história de Cuba, mas este filme tem estória, tem cor, alegria e história...
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